Alice no país das maravilhas

Alice no País das Maravilhas

Estava Alice no jardim a ouvir uma história que sua irmã mais velha lhe contava quando, de repente, viu passar um coelho branco muito bem vestido e de luvas brancas!

— Que estranho! — exclamou Alice.

Curiosa, Alice correu logo atrás dele mas o coelho desapareceu pelo chão. Alice, sem hesitar, seguiu-o e descobriu um buraco fundo junto a uma árvore.

— Será que consigo passar por aqui? — murmurou Alice.

Deslizou cuidadosamente pelo buraco, que estava estranhamente decorado. Assim que chegou ao fundo, encontrou um corredor com várias portas fechadas. No final do corredor, Alice viu uma pequena mesa com uma chave dourada.

— Talvez essa chave abra uma dessas portas — pensou Alice.

Alice então pegou na chave e tentou abrir, uma a uma, todas as portas daquele corredor. Quando já estava prestes a desistir, reparou numa pequenina porta em um canto do corredor. Logo que colocou a chave na fechadura, a porta abriu facilmente, e através dela Alice viu um lindo jardim!

— Que maravilha! — exclamou Alice, mas logo se desapontou. — Sou grande demais para passar por essa porta.

Alice fechou a porta e olhou ao redor. Viu então que na mesa estava agora uma garrafa com um rótulo que dizia: “Bebe-me”.

— O que pode acontecer? — disse Alice, pegando a garrafa e bebendo.

De repente ela começou a encolher, ficando pequenina como um ratinho.

— Oh, meu Deus! Agora estou muito pequena para alcançar a chave! — lamentou Alice.

Enquanto tentava de alguma forma chegar ao topo da mesa, Alice bateu com o pé numa caixa de biscoitos que estava no chão. Nela estava escrito “Come-me”.

— Talvez isso me ajude — disse Alice, pegando um biscoito e comendo.

Então ela começou a crescer, ficando tão grande que sua cabeça bateu no teto!

Alice chega no Jardim Encantado

— Agora tenho a chave, mas estou grande demais para passar pela porta novamente! — exclamou Alice.

Sem pensar, calçou uma luva que encontrou no chão e, inesperadamente, encolheu para o tamanho certo, conseguindo passar pela porta até chegar ao jardim!

Assim que chegou ao jardim, viu o coelho branco passando muito apressado.

— Onde vai tão apressado? — perguntou Alice.

— Não tenho tempo para conversas. A rainha de copas está à minha espera! — respondeu o coelho, correndo antes que Alice pudesse segui-lo.

De repente, Alice ouviu uma voz que dizia:

— O chapeleiro louco e a lebre de março é que te podem dizer… mas os dois são malucos!

Alice então olhou ao redor e viu primeiro um sorriso, depois uma cabeça e, finalmente, um gato inteiro.

— Eu sou o gato de Cheshire! — disse o gato.

Com as informações que o gato deu, Alice entrou na floresta à procura da lebre de março e do chapeleiro louco. Assim que os encontrou, foi convidada a tomar um chá com eles.

— Tomamos chá todos os dias por ordem da rainha de copas! — informaram o chapeleiro louco e a lebre de março.

Curiosa sobre quem era essa rainha de copas, Alice então decidiu descobrir por si mesma. No caminho, encontrou algumas cartas de jogar que pintavam rosas brancas de vermelho.

— O que estão fazendo? — perguntou Alice.

— A rainha de copas detesta branco! — responderam as cartas que, afinal, eram jardineiros.

Antes que Alice pudesse perguntar mais alguma coisa, ouviu o que parecia ser o barulho de uma grande festa se aproximando…

A rainha de copas

Era a rainha de copas com todos os seus criados! Ao ver Alice, a rainha ordenou furiosa:

— Tirem-lhe a cabeça imediatamente!

Mas o rei murmurou:

— Minha querida, talvez ela saiba jogar croquet…

A rainha então pensou por um momento e depois gritou:

— Deem-lhe uma bola e um taco e então vamos ver do que ela é capaz!

Alice pegou no taco e na bola, mas viu que não ia ser um jogo fácil. Os tacos eram flamingos cor-de-rosa que tentavam fugir, e as bolas eram ouriços-cacheiros que não paravam quietos!

— A menina não sabe jogar! Tirem-lhe a cabeça de uma vez! — gritou a rainha, vermelha de raiva.

— Majestade, a culpa não é minha. Os ouriços-cacheiros estão sempre a fugir e os flamingos sempre a voarem! — explicou Alice.

Antes que Alice pudesse dizer mais alguma coisa, já se encontrava num tribunal, rodeada pelo rei, a rainha de copas e todos os habitantes do reino.

Alice levantou-se para se defender, mas de repente começou a crescer e a crescer, e tudo ao seu redor começou a girar, tornando-se uma enorme confusão.

Ela abriu os olhos e viu, surpreendida, que estava novamente no jardim ao lado de sua irmã, que lhe oferecia uma xícara de chá…

— Teria sido tudo um sonho? 🙂

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Esta história é um resumo do livro de Lewis Carrol, autor de Alice no País das Maravilhas.

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