Era uma vez um homem chamado Gepeto que fazia lindos bonecos de madeira. Vivia sozinho e o seu sonho era ter um filho com quem partilhar todo o seu amor e carinho.
Um dia, Gepeto fez um pequeno rapaz de madeira. Quando terminou, Gepeto suspirou: “Quem me dera que este rapazinho de madeira fosse real e pudesse viver aqui comigo…”.
De repente, aconteceu! O pequeno rapaz de madeira ganhou vida!
Gepeto gritou de alegria e, entre gargalhadas de felicidade, disse: “Sejas Bem vindo! Vou chamar-te Pinóquio”.
Gepeto ajudou Pinóquio a vestir-se, deu-lhe alguns livros, um beijo na face e mandou-o para a escola, para aprender a ler e escrever. Mas avisou-o: “Assim que a escola terminar, vem para casa Pinóquio”. Pinóquio respondeu que sim e, alegremente, foi caminhando em direção à escola.
Pelo caminho, Pinóquio reparou que na praça havia um espetáculo de marionetas. Juntou-se a elas e, dançou tão bem, que o dono das marionetas lhe ofereceu cinco moedas de ouro. Pinóquio estava maravilhado e só pensava como Gepeto iria ficar feliz quando lhe entregasse as moedas.
Já perto da escola, Pinóquio encontrou dois homens maus. Como era muito ingénuo, os dois homens convenceram Pinóquio a ir com eles até uma hospedaria para comerem e depois dormirem. Depois de comer, Pinóquio ficou sonolento e adormeceu facilmente. Sonhou que era rico e que ele e seu pai Gepeto viviam agora sem dificuldades e eram muito felizes.
Quando acordou, esses homens convenceram Pinóquio a enterrar as suas moedas de ouro num sítio que eles conheciam e disseram-lhe: “As moedas aqui enterradas transformar-se-ão numa árvore de dinheiro e nunca mais o teu pai, que já está velho e cansado, precisará de trabalhar!”.
Pinóquio assim fez e ficou à espera que as moedas de ouro se transformassem numa árvore de dinheiro. Esperou muito tempo até que, cansado, adormeceu. Os homens maus apareceram e levaram as moedas de ouro, enquanto Pinóquio dormia.
Quando acordou, Pinóquio viu que lhe tinham levado as moedas e chorou. Não queria voltar para casa com medo de que Gepeto ficasse zangado e triste com ele…
Sem saber o que fazer, Pinóquio começou a caminhar, até que encontrou uma senhora vestida de azul, a quem pediu ajuda. O que ele não sabia era que a senhora era a fada azul. A fada disse que o ajudaria e perguntou-lhe quem eram os seus pais e onde vivia. Ao que Pinóquio respondeu: “Não tenho casa nem ninguém com quem morar”. A fada azul apercebeu-se que Pinóquio mentia e o seu nariz começou a crescer!
A fada azul respondeu-lhe: “Volta para casa, para junto do teu pai. Sê um menino bem comportado e não mintas mais”. Pinóquio prometeu que assim faria e o seu nariz voltou ao tamanho normal.
De volta a casa, Pinóquio parou num parque de diversões e o seu nariz começou a crescer outra vez. No parque, disseram-lhe que poderia comer todos os gelados que ele quisesse… o que não lhe disseram é que os gelados o iriam transformar num burro!
Pinóquio comeu até não poder mais e, assim que se transformou num burro, foi vendido a um circo.
No circo foi obrigado a trabalhar duramente e foi tão maltratado que, pouco tempo depois, nem conseguia andar.
Como já não servia para trabalhar no circo, o dono mandou que o atirassem ao mar. Assim que caiu no mar, transformou-se novamente num rapaz de madeira.
Uma baleia que por ali passava viu Pinóquio e engoliu-o, pensando que era picomida. Dentro da baleia, qual não foi a surpresa de Pinóquio ao encontrar Gepeto! Este tinha ido procurar Pinóquio e acabou por ir parar à barriga da baleia. Estava muito fraco e doente e, um peixe que também lá se encontrava disse: “Subam os dois para as minhas costas que eu levo-os para casa!”.
Assim fizeram e, quando chegaram a casa, Pinóquio tomou muito bem conta de Gepeto até ele ficar bom.
A fada azul apareceu outra vez e, ao ver que Pinóquio tinha sido tão bom com Gepeto, disse: “Como agora és um bom menino vou-te transformar num rapaz de verdade”.
E assim foi. Gepeto tinha finalmente o filho que tanto desejara e os dois foram felizes para sempre!